É o fim? Worldcoin de Sam Altman é investigado em diversos países

Você já deve ter ouvido falar do Worldcoin, o controverso programa desenvolvido por Sam Altman, da OpenAI, conhecido por conceder tokens e dinheiro a usuários verificados por meio da leitura das suas íris com o objetivo de criar uma verificação única mundial.

Agora, o programa está atualmente sendo investigado por autoridades em pelo menos 8 nações em todo o planeta, com a Coreia do Sul sendo o mais recente país a se juntar à lista.

Recentemente, a Comissão de Proteção de Dados Pessoais da Coreia do Sul informou que iniciou investigações sobre a Worldcoin em decorrência de diversas reclamações relacionadas à coleta e manipulação de dados pessoais.

Segundo as autoridades da Coreia do Sul, existem pelo menos 10 pontos no país onde os cidadãos estão realizando a leitura digital de suas íris usando Orbs, uma ação que suscita preocupações sobre privacidade e proteção de dados.

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Worldcoin sob investigação

Ponto de coleta  para escanear a íris da Worldcoin
Ponto de coleta para escanear a íris da Worldcoin – Imagem: Reprodução/Expresso

A Comissão planeja examinar minuciosamente a coleta e o processamento de dados confidenciais, além da transferência de informações pessoais para o exterior, em conformidade com as disposições da Legislação Sul-Coreana de Proteção de Dados. Se forem identificadas infrações, serão adotadas providências conforme as normas legais vigentes.

A popularidade do Worldcoin está crescendo globalmente, com oito nações – França, Alemanha, Reino Unido, Quênia, Nigéria, Argentina, Espanha e agora Coreia do Sul – examinando suas políticas de autenticação de usuários.

A tecnologia de digitalização da íris suscita questões relevantes sobre privacidade, uma vez que envolve informações extremamente pessoais e pode resultar em fraudes de identidade.

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José Alejandro Casamitjana, um engenheiro de computação e especialista em cibersegurança, adverte que a digitalização da íris apresenta os mesmos perigos que a reprodução de um documento de identificação, uma vez que é uma informação singular e permanente.

Desde o lançamento da Worldcoin no ano passado, apenas o Quênia suspendeu suas operações devido a preocupações com privacidade de dados e segurança. Outros países continuam a examinar de perto as práticas do projeto, destacando a crescente preocupação global com a proteção de informações pessoais no setor das criptomoedas.

O que é Worldcoin?

Imagem: Reprodução/Worldcoin

A Worldcoin é outra ação de peso de Sam Altman, introduzida ao mundo pelo executivo em meados de 2023 como uma alternativa para comprovar a identidade de pessoas por meio da íris dos olhos. Esse processo, em tese, ajudaria a confirmar se os interlocutores no espaço digital são robôs (bots, em inglês) ou não.

O registro de identidade faz parte de uma frente do projeto de criptoativos conhecida como World ID, que gera um código único para quem faz a autenticação. Em seguida, o registro pode ser usado para comprovar que se trata de uma pessoa de verdade em redes sociais, fóruns e afins.

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A coleta biométrica acontece através de um dispositivo conhecido como Orb, uma esfera com sensores para escanear a face e a íris. Para realizar o processo, é preciso se dirigir a uma unidade presencial associada à Worldcoin, que geralmente está localizada em centros urbanos.

Em seguida, o sistema não gera apenas um código para você se apresentar na internet como oferece 25 tokens da WLD, a criptomoeda da Worldcoin. Tanto a moeda digital quanto a identidade são gerenciadas pelo aplicativo World App, disponível para Android e iOS.

Ao fazer o registro, os usuários conseguem escolher duas opções: reter ou excluir os dados da biometria nos sistemas da Worldcoin. Caso os arquivos sejam mantidos, a fundação promete criptografá-los e armazená-los em segurança.

Assim que tivermos mais informações sobre o Worldcoin, vamos te atualizar nas nossas redes sociais e nas postagens do site por aqui. Por isso, recomendo você conferir nosso Instagram e acompanhar nosso canal no YouTube!

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