A polícia britânica iniciou uma investigação sobre um suposto caso de estupro no metaverso, um crime que por sí só já é algo inaceitável, mas o que chama atenção é que pela primeira vez na história, a investigação trata de um caso de estupro virtual dentro do metaverso. As informações inicialmente apuradas mostram que uma criança teria sido “cercada e atacada” no Horizon Worlds, um jogo de realidade virtual da Meta.
Uma publicação no Daily Mail trouxe à tona o caso, na última segunda-feira (01). Segundo o site, há outro agravante no caso, porque a vítima, seria menor de 16 anos, a vítima estava usando um óculos de realidade virtual, conectada ao metaverso dentro do jogo, e contou que estava em uma sala junto a “conhecidos” e um grupo de homens desconhecidos a cercou e a atacou dentro do game.
Por se tratar de uma história envolvendo uma menor de idade, os detalhes estão sendo preservados pela polícia, mas de acordo com uma fonte policial que teria falado com o Daily Mail, a menina ficou bastante abalada pela experiência psicológica traumática.
No ano passado, já haviam acontecido alguns casos de assédio no metaverso, onde casos de violência sexual foram denunciados, mas nada havia chegado a esse ponto!
“Essa criança experimentou um trauma psicológico semelhante ao de alguém que foi estuprada fisicamente, há um impacto emocional e psicológico na vítima que dura mais tempo do que qualquer lesão física”, teria argumentado a fonte.
Fonte falou ao Daily Mail sobre o caso!PUBLICIDADE
Leis para crimes na realidade virtual no Metaverso
Outro policial foi consultado pelo Daily Mail e informou que até agora nenhum caso de violência sexual dentro do metaverso havia sido investigado, o que requer inclusive uma delegacia especializada em crimes virtuais!
Já foram investigados inclusive crimes de roubo, como relatos notificados de uma espada virtual roubada de um usuário!
Essa história de estupro dentro do metaverso contra uma menor de idade, gerou um debate entre autoridades no Reino Unido, porque de um lado estão pessoas que defendem que não existe gente o suficiente para investigar estes casos do mundo virtual, e que seria necessário criar delegacias virtuais, e talvez uma nova legislação.
Segundo o Daily Mail, o debate inclusive defende que promotores e policiais deveriam se preocupar com crimes sexuais que ocorrem no mundo real.
No entanto, Ian Critchley, líder do setor de Investigação de Proteção à Criança do Conselho Nacional de Chefes de Polícia no Reino Unido, é contra, e disse que o metaverso abre “portas para que os abusadores cometam crimes horríveis contra crianças” mesmo que virtualmente.
A polícia do Reino Unido reconhece que o estupro virtual deixa marcas psicológicas na vítima!
O problema é que a maioria dos países não tem leis específicas para crimes ocorridos dentro do metaverso!
Donna Jones, presidente da Associação de Comissários de Polícia no Reino Unido, disse ao Daily Mail que mulheres e crianças precisam de proteção contra crimes virtuais! “Precisamos atualizar nossas leis porque elas não acompanham os riscos que estão se desenvolvendo com a inteligência artificial e plataformas como o Metaverso”, completou ela.
Donna Jones ao Daily Mail
O que diz a Meta sobre o caso
Uma nota da Meta foi enviada ao Daily Mail, e aponta que a Meta não aceita ações abusivas!
“O tipo de comportamento descrito não tem lugar em nossa plataforma e é por isso que para todos os usuários, temos uma proteção automática chamada limite pessoal, que mantém pessoas que você não conhece a poucos metros de distância de você”, informou a empresa.
Nota da Meta enviada ao Daily Mail
A história ainda precisa ser investigada, e certamente vai precisar de colaboração da Meta, para que a cena seja reproduzida e investigada, resta saber se a Meta e outras empresas do setor, vão gravar e armazenar tudo que acontece dentro do metaverso, e até que ponto casos assim são de responsabilidade da Meta ou dos usuários conectados.
Com informações do Daily Mail e do The Times