Os mais novos avanços na área da tecnologia ofereceram cada vez mais oportunidades para aprimorar a qualidade de vida das pessoas com deficiências ou limitações.
A equipe da Meta conseguiu desenvolver um método promissor e não invasivo que decodifica a fala a partir da atividade cerebral de alguma pessoa.
Com isso é possível que pacientes com incapacidade de fala possam “comunicar” seus pensamentos utilizando inteligência artificial. O procedimento combina o uso de uma técnica de imagem com aprendizado automático e foi apresentado no periódico Nature Machine Intelligence.
É um método eficiente?
O potencial para aplicações futuras já foi evidenciado por meio de testes. Já que não necessita de procedimentos cirúrgicos ou implantes cerebrais, sua utilização prática poderia ser mais acessível.
No entanto, o sistema ainda está em estágios iniciais de desenvolvimento e precisará passar por melhorias antes de ser implementado em ambientes clínicos, com o intuito de auxiliar pacientes com deficiências na fala.
”Esta é uma técnica de imagem que depende de um dispositivo não invasivo que pode tirar mais de mil instantâneos da atividade cerebral por segundo.
Como esses sinais cerebrais são muito difíceis de interpretar, treinamos um sistema de IA para decodificá-los em segmentos de fala”
Jean Remi King, pesquisador da Meta
Qual o propósito?
A finalidade é de fornecer uma opção diferente e não invasiva para desvendar manifestações verbais. Ao invés de utilizar eletrodos colocados dentro do cérebro, nós utilizamos a magnetoencefalografia.
Essa técnica mapeia a atividade cerebral através da detecção do campo magnético gerado por correntes elétricas presentes em nosso cérebro.
Como funciona?
Resumidamente, a inteligência artificial consegue prever a comunicação oral com base nas imagens do cérebro. Temos duas partes nesse sistema: o “módulo cerebral” e o “módulo de comunicação“. O primeiro foi treinado para analisar os dados do cérebro humano, enquanto o segundo identifica os padrões de fala que precisam ser interpretados.
Segundo King, em uma entrevista ao Medical Xpress, muitos pacientes perdem a capacidade de se expressar verbalmente após um acidente vascular cerebral ou uma doença cerebral.
O potencial do sistema para aplicações futuras já foi demonstrado. Por não exigir procedimentos cirúrgicos invasivos ou o uso de implantes cerebrais, sua praticidade poderia ser maior.
No entanto, é importante ressaltar que o sistema ainda está em fase inicial de desenvolvimento e precisa passar por aprimoramentos antes de poder ser utilizado em ambientes clínicos, auxiliando pacientes com deficiências relacionadas à fala.
“Há um longo caminho antes de uma aplicação prática, mas a nossa esperança é que isso possa auxiliar os pacientes cuja comunicação é limitada ou impedida”
Jean Remi King