Nesse exato momento, uma equipe de cientistas internacional, em conjunto com pesquisadores da Fiocruz, da UFRJ e da Fundação Rockefeller, que está criando um sistema baseado em inteligência artificial que pode alertar os responsáveis pela saúde e autoridades, sobre o perigo de futuras pandemias.
O sistema ainda não está pronto para usar, mas ele se chama Sistema de Alerta Antecipado de Surtos com Potencial Pandêmico (ÆSOP, em inglês). Quando ele ficar pronto, ele vai mostrar quando uma doença infecciosa começar a se espalhar, antes de virar uma pandemia. Esse sistema poderia ter sido útil contra os vírus H1N1 e SARS-CoV-2, por exemplo.
Como essa AI da Fiocruz vai funcionar?
No início do ano, os cientistas que estão elaborando o projeto escreveram um artigo para a revista Journal of Medical Internet Research (JMIR) Public Health and Surveillance. Eles explicaram sobre como o sistema de vigilância deve funcionar.
Para dar os alertas futuros, o sistema da Fiocruz usa diversos tipos de dados, como o acompanhamento dos atendimentos de saúde básica, a venda de remédio, as redes sociais e as notícias ao redor do mundo. A variedade de dados é um dos pontos fortes da tecnologia, que é muito importante para evitar surtos que podem virar pandemias.
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Futuro da pesquisa Fiocruz
Além desses dados a Fiocruz afirma: “a junção de dados bioclimáticos e socioeconômicos, assim como a [junção de] dados de redes de transporte e mobilidade, numa plataforma de análise de dados, junto com modelagem matemática avançada usando Inteligência Artificial ou Machine Learning, vai permitir uma estimativa mais certa do risco de espalhamento de surtos”, completam os cientistas em relação a AI da Fiocruz.
“Agora, estamos trabalhando para deixar o sistema pronto, garantindo que os alertas possam ser dados ao Ministério da Saúde logo”,
diz Pablo Ramos, cientista do estudo e vice-coordenador do Cidacs/Fiocruz Bahia, em nota.
Ao mesmo tempo, os cientistas estão conversando com o estado do Amazonas para ver se é possível testar o sistema por lá. Para Ramos, a cooperação entre ambos “vai permitir receber feedback direto sobre o que os usuários acham e precisam”.
Ainda não temos previsão de quando a nova tecnologia deve estrear, mas as pesquisas já se encontram em um estágio avançado. Dessa forma, esperamos que em breve a ferramenta já esteja em uso pelas autoridades da Fiocruz.
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