O presidente da Microsoft, Brad Smith, comentou sobre a sua defesa pela criação de um “freio” para as inteligências artificiais em casos de urgência, podendo desativá-las caso seja necessário.
Em entrevista ao site espanhol El País, Smith se posicionou ainda, a favor da regulação da Inteligência Artificial e desviou de acusações de violação de direitos autorais pelas ferramentas. O executivo da Microsoft reforçou uma proposta que ele mesmo fez ao Senado dos EUA durante uma audiência: a criação de uma espécie de freio de segurança para conter a IA quando necessário.
De acordo com Smith, “trata-se de abordar o que descrevemos frequentemente como uma ameaça existencial para a humanidade, essa IA descontrolada que tentaria extinguir os humanos”.
Alerta da Microsoft
Em seguida, o presidente da Microsoft compara a situação com filmes de ficção científica: “algo que me chama a atenção, depois de 30 anos nesta indústria, é que a vida imita a arte.
É bastante surpreendente que existam 50 filmes com o mesmo roteiro: uma máquina que pensa por si própria e decide escravizar ou extinguir a humanidade, e a humanidade luta e a vence”, comenta.
“O que isso nos diz a respeito? Que precisamos ter uma forma de desacelerar ou desligar a IA, especialmente se está controlando um sistema automatizado de infraestrutura crítica”, explica Smith. O presidente alerta para a necessidade de “resolver os problemas de hoje e amanhã” e evitar que isso vire uma situação irreversível nas próximas décadas.
Necessidade de regulamentação?
A Microsoft, como empresa, já se declarou favorável à regulação das IAs no mundo, e o presidente reforçou a linha de pensamento. Brad Smith considera a inteligência artificial a “tecnologia mais importante criada desde a invenção da imprensa”, mas também defende formas de controlá-la.
“Precisamos de um nível de regulação que garanta a segurança”, diz. “Às vezes me surpreendo quando vejo pessoas do setor tecnológico que dizem que não devemos ter essa regulação.
Quando compramos uma caixa de leite no mercado, não nos preocupamos se é seguro bebê-lo, porque sabemos que tem uma base de segurança que garante isso.”
“Se essa é, como acho que é, a tecnologia mais avançada do planeta, não acho que seja irracional pedir para que tenha pelo menos tanto controle de segurança como temos para uma caixa de leite”, completa. Por outro lado, reforçou que as medidas precisam de cautela com os custos de administração, principalmente para startups.
Microsoft estaria pronta para obedecer as regras
Segundo ele, empresas como a Microsoft teriam a infraestrutura para cumprir com todas as regras, mas startups menores talvez não. Uso da IA no dia a dia Sobre o uso da IA no cotidiano e na parte criativa, Brad Smith reforçou a ideia de que essas ferramentas são auxiliares, mas não devem fazer todo o trabalho.
“O Copilot é um copiloto, não é um piloto. Ele ajuda, dá ideias, mas em última instância precisará usar seu juízo.
E acho que isso é que devemos pedir para todo mundo que usa essa tecnologia: usem para serem mais criativos, desenvolverem ideias, ajudar com a escrita. Porém delegar ou externalizar o seu pensamento à máquina seria um erro”, comenta.
Você acha que a IA deve ser regulamentada?
Esse é um debate ético que tem ganhado cada vez mais força nos últimos meses. Com o avanço das IAs como o ChatGPT da OpenAI ou o próprio Copilot da Microsoft, as pessoas cada vez mais estão questionando até onde os avanços da tecnologia podem chegar.
Qual a sua opinião sobre o assunto? Você acha que as ferramentas de IA precisam ser regulamentadas? Conta pra gente!
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