Depois de enfrentar um contratempo nos Estados Unidos que poderia resultar na proibição do TikTok no país, a ByteDance, empresa proprietária do aplicativo, permanece em uma posição delicada e está procurando soluções.
No entanto, de acordo com o site de informações The Guardian, se todas as alternativas legais forem esgotadas nos tribunais americanos, a empresa chinesa optará por encerrar suas operações no país em vez de ser vendida lá.
Os algoritimos são importantes
Conforme informações de quatro fontes não reveladas consultadas pela matéria, os algoritmos empregados pelo TikTok em suas operações são essenciais para todas as atividades da ByteDance. Portanto, a probabilidade de vender o aplicativo para uma empresa dos Estados Unidos é considerada “muito baixa”.
Por essa razão, a empresa chinesa preferiria encerrar por completo a plataforma de vídeos curtos do que a transferir para uma companhia estrangeira.
Os Estados Unidos correspondem somente a 5% dos usuários diários ativos da ByteDance, embora representem 25% da receita do TikTok (em 2023), de acordo com a Reuters.
Uma medida que visa proibir o TikTok é o mais recente desdobramento de uma relação longa e complexa com o aplicativo. o estado de Montana nos EUA, aprovou uma legislação que proíbe totalmente o TikTok, mas essa medida está atualmente sendo contestada nos tribunais. O aplicativo está completamente vetado em smartphones governamentais em mais de 30 estados norte-americanos.
Com a sanção do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à lei que pode banir o aplicativo do país, resta à ByteDance lutar contra essa decisão nos tribunais. A empresa agora tem apenas 9 meses para vender os seus ativos ou, de alguma maneira, trazer uma reviravolta.
É importante ressaltar que a questão só impacta o TikTok nos Estados Unidos. No Brasil, o app é amplamente utilizado e continuará disponível para uso.
A plataforma da ByteDance tem um grande número de usuários em escala global, no entanto ainda não é lucrativa. Mesmo assim, esta rede social contribui apenas de forma limitada para as receitas totais e usuários ativos diários da empresa chinesa, no qual o principal produto é a plataforma de notícias Toutiao.
Com informações dos sites de informação The Guardian e Reuters.