Imagine uma bateria nuclear que não precisa ser recarregada em seu celular, é o que promete a startup chinesa Betavolt Technology que anunciou no dia 8 o desenvolvimento de uma bateria nuclear que pode ser usada por 50 anos com uma única carga.
É algo difícil de acreditar, mas a empresa pretende oferecer em breve componentes inovadores como soluções de energia para uma variedade de dispositivos, incluindo telefones celulares e drones.
Segundo a Betavolt, este modelo de bateria nuclear é o primeiro do mundo a utilizar este tipo de energia. Onde isótopos de níquel-63 são coletados em um módulo do tamanho de uma moeda e são usados como fonte de energia!
No modelo, uma camada de diamante é usada para converter os isótopos em decomposição em eletricidade. Este é o mesmo tipo de processo que os cientistas da então União Soviética e dos Estados Unidos inventaram no século passado.
No entanto, os tanques de energia de fusão da época eram grandes e caros e eram usados principalmente em bases científicas remotas, sistemas subaquáticos e naves espaciais. A empresa disse que sua bateria nuclear de próxima geração já está em fase de testes piloto e eventualmente será produzida em massa para aplicações comerciais, como telefones celulares e drones.
Bateria nuclear
“As baterias nucleares da Betavolt podem atender às necessidades de fornecimento de energia de longo prazo em uma variedade de cenários, incluindo aeroespacial, equipamentos de inteligência artificial, equipamentos médicos, microprocessadores, sensores avançados, pequenos drones e microrobôs”, afirmou a empresa.
A empresa informou ainda que “Esta nova inovação energética ajudará a China a ganhar vantagem na nova fase da revolução tecnológica da IA.”
Uma bateria nuclear funciona convertendo a energia liberada pela decomposição de isótopos em eletricidade, usando um processo explorado pela primeira vez no século XX. Cientistas soviéticos e americanos conseguiram desenvolver tecnologia para uso em naves espaciais, sistemas subaquáticos e estações científicas remotas.
No entanto, as baterias de fusão são caras e volumosas. Segundo a empresa chinesa, a bateria nuclear em desenvolvimento mede 15 mm x 15 mm x 15 mm, tem tensão de 3 volts e pode fornecer 100 microwatts de potência.
Nos próximos dois anos, a startup espera criar modelos de bateria nuclear com maior potência, digamos 1W, que possam ser combinados modularmente para uso em equipamentos que exijam cargas maiores.
Assim, os celulares não precisariam ser carregados por pelo menos 50 anos, a miniaturização e produção em massa que a Betavolt planeja lançar no futuro será um avanço significativo. Isso porque o uso de baterias nucleares possibilita o lançamento de celulares que não necessitam de recarga.
E como fica a radiação em uma bateria nuclear
Segundo a Betavolt os componentes presentes em uma bateria nuclear podem ser utilizado para diversas soluções, com autonomia “ilimitada”. As peças são consideradas altamente seguras, livres de radiação externa, não explosivas quando submetidas a forças repentinas e capazes de operar normalmente em temperaturas entre -60°C e 120°C.
Esta inovação também poderá ser acrescentada a aplicações médicas, até mesmo em pacemakers e corações artificiais. Segundo a fabricante, a bateria nuclear desenvolvida pela empresa também é um produto ‘ecologicamente correto’ que não representa nenhuma ameaça ao meio ambiente.
Ainda segundo a fabricante, após um período de decadência, os 63 isótopos transformam-se em isótopos de cobre estáveis, que não são radioativos e não representam qualquer ameaça ou poluição ao meio ambiente.
Com informações da Betavolt e do Android Authority